Tireóide  

 

A tireóide é uma glândula endócrina localizada no pescoço, em frente às vias aéreas (traquéia).  Ela produz 2 importantes hormônios: o T3 e o T4, que são levados pela corrente sangüínea a todas as partes do corpo. Eles regulam a taxa do metabolismo e afetam o aumento e a taxa funcional de muitos outros sistemas do corpo. O iodo é um componente essencial tanto do T3 quanto do T4. A tireóide também produz o hormônio calcitonina, que possui um papel muito importante na regulação corporal do cálcio.
O funcionamento da tireóide é regulado por outra glândula, a hipófise, localizada na base do cérebro. A hipófise produz uma substância chamada TSH (que é a sigla, em inglês, para “hormônio estimulador da tireóide”), que atinge a tireóide através do sangue e a estimula para produzir mais T3 e T4.

Os hormônios da tireóide controlam o funcionamento de praticamente todos os órgãos. Pequenas mudanças na quantidade dos hormônios tireoidianos no sangue fazem com que os órgãos trabalhem mais rápido ou mais devagar, e alteram a taxa de metabolismo (fazendo com que o corpo produza mais ou menos calor e consuma mais ou menos energia).

As principais doenças da tireóide são: o hipertireoidismo, o hipotireoidismo e os nódulos tireoidianos.


HIPERTIREOIDISMO

Sintomas           
O hipertireoidismo é mais comum em mulheres, geralmente na faixa entre os 20 e os 40 anos. Os sintomas podem ser assustadores, principalmente se a pessoa afetada não tem idéia do que está acontecendo a ela.
Pessoas com hipertireoidismo têm excesso de hormônio tireoidiano porque sua tireóide produz mais hormônios que o normal. Isso faz com que todos os processos do corpo funcionem de forma acelerada. O diagnóstico de hipertireoidismo é feito através de exames de sangue, com a dosagem dos hormônios tireoidianos (T3 e T4, que se encontram aumentados) e do hormônio que regula a tireóide, o TSH (que se encontra diminuído).
Alguns dos sintomas são:

- fraqueza muscular - dificuldade em subir escadas ou levantar coisas pesadas;
- tremores nas mãos;
- batimentos cardíacos acelerados (taquicardia);
- fadiga e cansaço fácil;
- perda de peso importante, mesmo alimentando-se de forma normal;
- fome excessiva;
- diarréia ou aumento do número de evacuações;
- irritabilidade, agitação, ansiedade;
- insônia;
- problemas nos olhos (irritação, ardência ou dificuldades para enxergar);
- irregularidade menstrual;
- suor excessivo e sensação de calor exagerado;
- infertilidade.

           
Quais são as causas do hipertireoidismo?

A causa mais comum de hipertireoidismo é a chamada Doença de Graves, que recebeu esse nome em homenagem ao médico que a descreveu em 1835, Dr. Robert Graves. Essa doença ocorre quando o sistema imunológico (sistema de defesa do organismo) começa a produzir anticorpos que atacam a própria glândula tireóide. Esses anticorpos exercem um efeito semelhante ao do hormônio que regula o funcionamento da tireóide, o TSH, e levam ao crescimento e ao funcionamento exagerado da glândula. É freqüente o acometimento familiar na doença de Graves, atingindo mais de um membro da mesma família. Um dos sintomas mais dramáticos da doença de Graves pode ser a alteração dos olhos que acontece junto com o hipertireoidismo. Quando isso acontece, a pessoa pode ter um inchaço atrás dos olhos que os empurra para a frente, fazendo com que estes fiquem parecendo maiores e mais saltados. Muitas vezes os olhos ficam constantemente irritados e vermelhos. Pode acontecer piora da visão.

Outras causas de hipertireoidismo são:
- alguns nódulos de tireóide 
- bócio multinodular, uma doença que acontece em pessoas mais idosas, geralmente com tireóides aumentadas há muitos anos;
- tireoidite subaguda, que é a inflamação dolorosa da tireóide, devido a uma infecção viral que destrói parte da tireóide e lança no sangue o hormônio que estava armazenado dentro da glândula. A inflamação melhora espontaneamente dentro de alguns dias ou semanas, e o hipertireoidismo também melhora;
- tireoidite linfocítica e tireoidite pós-parto: são tipos de inflamação indolor da tireóide que podem levar a uma descarga de hormônios tireoidianos no sangue e a um hipertireoidismo de curta duração;
- ingestão de hormônio tireoidiano em excesso, para tratamento de hipotireoidismo ou como componente de outras medicações (por exemplo, “fórmulas” para emagrecer).

Tratamento

Vários tipos de tratamento podem ser usados no controle do hipertireoidismo, dependendo da causa em questão.
O tratamento pode ser feito com medicamentos. Os mais usados são os antitireoidianos, que agem diminuindo a produção de hormônio pela tireóide. Existem dois medicamentos desse tipo: o metimazol (Tapazol) e o propiltiouracil. No caso da doença de Graves, o tratamento pode ser feito com o uso de uma dessas medicações, geralmente por um tempo prolongado (um a dois anos, ou até mais), obtendo a normalização do funcionamento da tireóide, mesmo após a interrupção do medicamento, numa boa parcela dos pacientes. No entanto, o hipertireoidismo pode voltar, meses ou anos após a interrupção da medicação. Em outros tipos de hipertireoidismo, os antitireoidianos são comumente usados por alguns meses, até a normalização dos níveis de hormônios tireoidianos (T3 e T4) no sangue, e depois o paciente é encaminhado com segurança para outras formas de tratamento (tratamento definitivo).
Outro tipo de medicamento que pode ser usado são os chamados beta-bloqueadores, que são drogas que não bloqueiam a produção de hormônios tireoidianos mas controlam muitas das suas manifestações, como os batimentos cardíacos acelerados, os tremores, a ansiedade e o calor excessivo.
Quando os medicamentos não são suficientes para o controle do hipertireoidismo (como no bócio multinodular, nódulos tireoidianos ou na doença de Graves que não é adequadamente controlada apenas com medicação), o paciente é encaminhado para alguma forma de tratamento definitivo. Existem duas formas de tratamento definitivo: a cirurgia (removendo parte ou toda a tireóide) e o iodo radioativo (ou radioiodo).

Terapia com iodo

A tireóide é praticamente o único órgão do corpo que retém iodo. Assim, formas radioativas do elemento iodo podem ser utilizadas com segurança para tratar o hipertireoidismo, já que vão liberar radiação apenas para a tireóide. O resultado final é a destruição parcial ou total da glândula, como se a tireóide tivesse sido “queimada”. A resposta ao tratamento pode demorar um pouco (entre 6 a 18 semanas), mas o iodo radioativo leva ao controle adequado do hipertireoidismo na grande maioria das vezes, inclusive com redução de tamanho da tireóide quando esta se encontra aumentada de volume. O tratamento com iodo é feito por via oral, em dose única, e algumas vezes requer o isolamento do paciente em um quarto com paredes à prova de radiação (para evitar danos a outras pessoas), portanto é um tratamento seguro e muito eficaz.
Entretanto, já que o iodo radioativo pode destruir também a parte normal da tireóide, é bastante comum que as pessoas tratadas dessa forma passem a apresentar hipotireoidismo, ou seja, níveis baixos de hormônios da tireóide e todas as suas conseqüências. Isso não impede que o iodo radioativo seja muito utilizado, visto que é preferível que o paciente tenha hipotireoidismo a hipertireoidismo, pois o hipotireoidismo tem um tratamento muito mais simples e fácil, e permite uma vida completamente normal sem grandes riscos. (Leia mais sobre hipotireoidismo clicando aqui)

Tratamento com Cirurgia

A remoção da glândula tireóide (tireoidectomia), que pode ser parcial ou total, é outro tipo de tratamento definitivo para o hipertireoidismo. No entanto, a cirurgia é deixada para último caso, devido aos riscos que acompanham qualquer procedimento cirúrgico. A tireoidectomia deve ser preferencialmente realizada por um cirurgião experiente, para reduzir esses riscos.
Algumas complicações que podem acompanhar a cirurgia de tireóide são:
- lesão de nervos próximos à laringe, que podem comprometer a voz (rouquidão permanente);          
- lesão das glândulas paratireóides, que controlam o metabolismo do cálcio no corpo, podendo levar a níveis permanentemente baixos de cálcio no sangue, cãibras, formigamento e enfraquecimento dos ossos (osteoporose).
A cirurgia, portanto, é reservada para casos em que há um aumento da tireóide (bócio) muito pronunciado, que dificulta a respiração, a fala ou a alimentação; quando há alguma razão para não usar o iodo radioativo; ou quando os medicamentos antitireoidianos e/ou o iodo radioativo não controlam adequadamente o hipertireoidismo. A cirurgia também pode ser indicada em pacientes que têm hipertireoidismo com a presença de nódulos suspeitos de câncer na tireóide (o que é incomum). (Leia mais sobre nódulos na tireóide)



Após algum tipo de tratamento definitivo para a tireóide, o paciente deverá ser acompanhado regularmente para confirmar a sua necessidade de reposição de hormônio tireoidiano (nas muitas vezes em que o paciente cursa com hipotireoidismo) e adequar a dose da medicação conforme os níveis desses hormônios nos exames de sangue. Geralmente, essa reposição de hormônio é feita pelo resto da vida.


HIPOTIREOIDISMO

Hipotireoidismo é um distúrbio que cursa com a falta de hormônio da tireóide (“tireóide preguiçosa”). O hipotireoidismo é a doença mais comum da tireóide. Ocorre mais freqüentemente em mulheres que em homens, é mais comum em pessoas de mais idade, e pode ter uma característica familial (atingir vários membros de uma mesma família).

Quais são os sintomas do hipotireoidismo?

O hipotireoidismo pode ter vários sintomas, visto que os hormônios da tireóide são importantes para regular o funcionamento de praticamente todos os órgãos e sistemas do corpo. Quando os níveis de hormônios tireoidianos (T3 e T4) se tornam anormalmente baixos por algum motivo, todos os processos do corpo se tornam mais lentos.

Os sintomas do hipotireoidismo incluem:

  1. cansaço excessivo;
  2. desânimo, ou até mesmo depressão;
  3. raciocínio lento;
  4. fala arrastada;
  5. sensação de frio excessivo;
  6. ganho de peso (geralmente, em torno de 3 a 5 Kg);
  7. pele seca e cabelos finos e quebradiços;
  8. inchaço nas pernas ou ao redor dos olhos;
  9. pouca sudorese;
  10. intestino preso e digestão lenta;
  11. irregularidade das menstruações (às vezes, sangramento excessivo);
  12. infertilidade;
  13. batimento lento do coração (menos que 60 batimentos por minuto);
  14. aumento do colesterol.

Esses sintomas não são exclusivos do hipotireoidismo.Vários outros problemas de saúde podem causar sintomas bastante semelhantes aos do hipotireoidismo. Por isso, algumas vezes os sintomas são atribuídos a outras doenças que podem apresentar algumas manifestações semelhantes, tais como: anemia, depressão e deficiência de vitaminas, e o diagnóstico de hipotireoidismo pode ser feito anos após o início das queixas do paciente. Felizmente, hoje em dia os médicos conhecem melhor as características do hipotireoidismo e fazem o diagnóstico mais precocemente.

Causas

Nos adultos, a causa mais comum de hipotireoidismo é um distúrbio chamado tireoidite de Hashimoto, ou simplesmente doença de Hashimoto. Nessa doença, o sistema de defesa do organismo (sistema imunológico) ataca a glândula tireóide e causa dano a essa glândula, comprometendo a sua capacidade de produzir hormônios tireoidianos. Por isso, a doença de Hashimoto faz parte de um grupo de doenças chamadas auto-imunes.
O hipotireoidismo pode ser causado também por tratamentos médicos que reduzem a capacidade da tireóide produzir hormônio, como, por exemplo: o uso de iodo radioativo (para tratamento de hipertireoidismo, que é o oposto do hipotireoidismo) ou a cirurgia, com retirada parcial ou total da tireóide (para tratamento de outros problemas nessa glândula). 
Outra causa de hipotireoidismo, bastante rara, é a presença de alguma doença da hipófise, levando à redução da produção do TSH, o hormônio que estimula o funcionamento da tireóide. Algumas medicações também podem levar à redução da produção ou da ação dos hormônios tireoidianos e, portanto, provocar hipotireoidismo (por exemplo: amiodarona, xaropes para tosse contendo iodo, carbonato de lítio).
Há casos, ainda, em que a tireóide não se desenvolve adequadamente e a criança apresenta deficiência de hormônios tireoidianos desde o nascimento; é o chamado hipotireoidismo congênito, que geralmente é diagnosticado já no berçário através do teste do pezinho.

Consequências

Em adultos, o hipotireoidismo (se não for tratado corretamente) leva a uma significativa redução da sua performance física e mental, além de poder causar elevação dos níveis de colesterol, que aumentam as chances de algum problema cardíaco. Além disso, o hipotireoidismo severo, sem tratamento, pode evoluir ao longo do tempo até uma situação dramática e com grande risco de vida, o chamado coma mixedematoso, que se apresenta como redução da temperatura corporal, perda de consciência e mau funcionamento do coração.
O diagnóstico de hipotireoidismo é especialmente importante quando é feito durante a gestação, pois a falta de hormônios tireoidianos pode afetar profundamente o desenvolvimento do bebê, provocando retardo mental e atraso do crescimento. No entanto, esses problemas para o bebê são prevenidos pelo tratamento precoce da mãe com a reposição de hormônio tireoidiano.

Diagnóstico

Geralmente o diagnóstico é confirmado através de um simples exame de sangue. Os exames que ajudam no diagnóstico do hipotireoidismo são: a dosagem de TSH (que é um hormônio produzido pela hipófise, e que estimula o funcionamento da tireóide), e a dosagem de hormônios tireoidianos (T4 e T3).

Classicamente, o diagnóstico de hipotireoidismo é feito quando o paciente apresenta TSH aumentado e T4 baixo no sangue. Entretanto, em casos muito leves de hipotireoidismo, ou quando este está apenas no início, pode-se encontrar TSH aumentado com T4 normal:  hipotireodismo subclínico. Entre os dois exames de sangue, o TSH é o mais importante, já que o T4 pode variar mais de um dia para o outro ou de uma coleta para a outra; por isso o médico vai prestar mais atenção ao TSH do que ao T4 para fazer o diagnóstico de hipotireoidismo.

Outro exame que pode trazer alguma informação é a dosagem de anticorpos contra a tireóide, que geralmente estão aumentados quando a causa de hipotireodismo é a doença de Hashimoto. Os anticorpos que podem ser dosados em laboratório são o anti-tireoperoxidase (ou anti-TPO) e o anti-tireoglobulina (ou anti-TG).

Tratamento

O hipotireoidismo é a falta de hormônio tireoidiano. Portanto, o tratamento é feito com a reposição desse hormônio, na forma de comprimidos tomados por via oral. A medicação de escolha é a levotiroxina, que é uma forma farmacológica do hormônio T4. Depois do início da medicação, o paciente comumente leva cerca de 2 semanas para sentir uma melhora importante dos sintomas do hipotireoidismo (podendo ser um pouco mais em casos mais graves).
A levotiroxina deve ser tomada todos os dias, pela manhã, para reproduzir o funcionamento normal da tireóide. Um cuidado importante é tomá-la em jejum (no mínimo 30 minutos antes do café da manhã), porque a ingesta de alimentos junto com a medicação diminui muito a sua absorção pelo intestino e, portanto, a sua eficácia.

Na maioria das vezes, as pessoas que têm hipotireoidismo precisam fazer o tratamento com levotiroxina para o resto da vida, mas em alguns casos a tireóide volta a funcionar normalmente depois de alguns meses. Se, por algum motivo, a medicação precisar ser trocada, é importante checar os níveis de TSH com exames de sangue após a troca do remédio, para garantir que a dose está sendo adequada.
A necessidade de levotiroxina pode flutuar ao longo do tempo, dependendo de fatores como: outras doenças, gravidez, menopausa e uso de outras medicações. Por essa razão, é recomendável que o paciente com hipotireoidismo seja acompanhado regularmente por um médico, com exames de TSH e ajuste da dose da medicação se necessária pois tanto a falta quanto o excesso de hormônios são prejudiciais.

 

Quando fazer exames de tireóide

O médico é quem determina se alguém precisa ou não fazer uma dosagem de TSH, mas existem algumas situações em que é necessária essa avaliação, como, por exemplo:

  1. sintomas sugestivos de hipotireoidismo ou hipertireoidismo;
  2. outras pessoas na família com doenças da tireóide;
  3. gravidez.

Alguns especialistas recomendam ainda que todas as mulheres com mais de 60 anos deveriam fazer pelo menos um exame de TSH, mesmo na ausência de sintomas, visto que o hipotireoidismo é muito comum nesse tipo de população.




NÓDULOS DE TIREÓIDE
Outro transtorno que pode afetar a tireóide é o crescimento de nódulos, que geralmente surgem como pequenos caroços ou como um inchaço localizado na glândula. Os nódulos podem ser únicos ou múltiplos, e são causados pelo crescimento excessivo de algumas células (formando nódulos sólidos) ou pelo acúmulo de líquido no interior da tireóide (formando cistos, ou nódulos císticos). Nódulos tireoidianos são extremamente comuns, podendo atingir até metade da população adulta (quando a tireóide é examinada por ultrassom), mas menos que 5% desses nódulos são maiores que um centímetro de diâmetro. Muitas vezes, os nódulos não são percebidos pelo paciente. Embora a grande maioria desses nódulos seja benigna, todos eles precisam ser avaliados cuidadosamente, já que:
- podem representar o crescimento de um tumor (câncer da tireóide);
- podem produzir muito hormônio tireoidiano e levar ao hipertireoidismo;
- podem ficar muito grandes e produzir pressão nas vias respiratórias (traquéia) ou digestivas (esôfago).



BÓCIO

 Bócio é o crescimento exagerado da glândula tireóide como um todo, que pode ser visível (com aumento do volume da parte anterior do pescoço) e produzir incômodo devido à pressão que exerce sobre as estruturas do pescoço. Existem várias causas para o crescimento da tireóide. Uma causa muito comum no passado era a deficiência de iodo, um mineral importante para o funcionamento da tireóide. O iodo é mais abundante em regiões próximas ao mar, razão pela qual a sua deficiência era mais encontrada em regiões distantes do oceano. Entretanto, o bócio por carência de iodo tornou-se menos freqüente depois que o sal de cozinha começou a ser enriquecido com iodo. Algumas vezes o bócio pode cursar com hipotireoidismo ou hipertireoidismo. Alguns tipos de câncer da tireóide também podem se apresentar como um bócio. Por isso, os pacientes com bócio merecem ser avaliados por um endocrinologista.


Adaptado de texto da The Hormone Foundation www.hormone.org